domingo, 1 de janeiro de 2017

Lápis Grafite

O precursor do lápis foi o stylus, que consistia numa fina barra de chumbo revestida geralmente por madeira, usada pelos antigos romanos para a escrita em papiros.
Há relatos que no século XVI já se usava o grafite como material de marcação de superfícies, sendo produzidas versões rústicas e não comerciais do lápis. Somente em 1622, na Alemanha, o lápis foi fabricado em larga escala.



A mina grafite (parte interna do lápis), para poder ser mais maleável e produzir diferentes variáveis do cinza, é composta por diferentes proporções de grafite e argila. A partir dessas proporções têm-se diferentes durezas do lápis, usados principalmente para o desenho. No século XVIII criou-se uma escala padrão de dureza que vai do 6H ao 6B (na atualidade a variação é do 9H ao 9B).

9H, 8H, 7H, 6H, 5H, 4H, 3H, 2H, H, F, HB, B, 2B, 3B, 4B, 5B, 6B, 7B, 8B, 9B

H = hard = duro
B = black = preto (maior cobertura)
F = fine = fino (referente ao traço)

Assim:
Quanto maior a numeração H, maior a dureza do traço e menor poder de cobertura.
Quanto maior a numeração B, maior a maciez do traço e maior poder de cobertura.

Para a escrita convencionou-se o uso da especificação através dos números 1, 2 ou 2 ½ .

                                                        nº 1 = 2B
                                                        nº 2 = B
                                                        nº 2 ½ = HB


sábado, 4 de julho de 2015

Arte Rococó (resumo)

Rococó (c. 1740-1790)


O estilo Rococó inicia-se na França oitocentista, expandindo-se mais tarde pelo resto da Europa e América. Estando localizando cronologicamente entre o Barroco e o estilo Neoclássico, o Rococó possui características que podem ser subjetivas quando comparadas ao estilo anterior, mas bem distintas em relação ao Neoclassicismo. Na escultura não se vê grandes inovações, sendo a pintura sua linguagem de maior projeção.

 Jean-Honoré Fragonard. A aurora. Óleo sobre tela. 1755.

A temática das imagens voltam-se às cenas de gênero aristocráticas, a vida campestre idealizada e as alegorias.
As características mais relevantes do estilo são a busca de elegância e delicadeza, sendo apreensível a partir do uso de tonalidades suaves, douramento parcimonioso e predominância de áreas claras.
Os mais importantes artistas do estilo são os pintores franceses: François Boucher (1703-1770), Antoine Watteau (1684-1721) e Jean-Honoré Fragonard (1732-1806).

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Barroco Mineiro

Bibliografia básica referente a Arte Barroca em Minas Gerais


Xavier de Brito?. Detalhe de entalhe. Matriz de N. S. do Pilar de Ouro Preto. c. 1720.

ANDRADE, Carolina Romano de. O Barroco Mineiro e o gestual humano: uma ótica de François Delsarte. IN Anais do III Fórum de Pesquisa Científica em Arte. Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Curitiba, 2005.

ARAÚJO, Janeth Xavier de. A pintura de Manoel da Costa Ataíde no contexto da época moderna. In: CAMPOS, Adalgisa Arantes (org.). Manoel da Costa Ataíde - aspectos históricos, estilísticos, iconográficos e técnicos. Belo Horizonte: Editora C/Art, 2005.

ÁVILA, Affonso. Iniciação ao Barroco Mineiro. São Paulo: Nobel, 1984.

ÁVILA, Affonso. O Lúdico e as Projeções do Mundo Barroco. São Paulo: Editora Perspectiva,1980.

ÁVILA, Affonso; GONTIJO, J; GUEDES, Reinaldo.Barroco Mineiro Glossário de Arquitetura e Ornamentação. Belo Horizonte:Fundação João Pinheiro,1996.

BAETA, Rodrigo Espinha. Ouro Preto: Cidade Barroca. IN Actas del III Congreso Internacional del Barroco Americano: Territorio, Arte, Espacio y Sociedad. Sevilha: Universidade Pablo de Olavide, 2001.

BAZIN, Germain. A arquitetura religiosa barroca no Brasil. Rio de Janeiro: Record, 1983. v.2


BAZIN, Germain. O Aleijadinho e a Escultura Barroca no Brasil. Rio de Janeiro:Editora Record,1971.

BAZIN, Germain. A Arquitetura Religiosa Barroca no Brasil. Rio de Janeiro: Record,1956.

BURY, John B. The "borrominesque" churches of colonial Brazil. The Art Bulletin. v.37 n.1 (1955)

CAMPOS, Adalgisa Arantes. Vida Cotidiana e Produção Artística de Pintores Leigos nas Minas Gerais: José Gervásio de Souza Lobo, Manoel Ribeiro da Costa e Manoel da Costa Ataíde. IN Paiva, Eduardo França & Anastasia, Carla Maria Junho. Trabalho Mestiço: maneiras de pensar e formas de viver - séculos XVI a XIX. Annablume, 2002.

CAMPOS, Adalgisa Arantes. Arte divina. IN Revista de História, nº 59, 1/8/2010


CAMPOS, Adalgisa Campos. Roteiro Sagrado: Monumentos Religiosos De Ouro Preto. Belo Horizonte: Tratos Culturais/Editora Francisco Inácio Peixoto, 2000.

CAMPOS, Adalgisa Campos. A Cultura Barroca a Manifestações do Rococó nas Gerais. Ouro Preto:FAOP/BID,1998.

COELHO, Beatriz (org.). Devoção e Arte. 1a edição. São Paulo: Edusp, 2005.
 
CUNHA, Maria José. Iconografia Cristã. Ouro Preto:UFOP/IAC,1993. 

DELNEGRO, Carlos. Escultura Ornamental Barroca do Brasil, portadas de Igrejas de Minas Gerais. Belo Horizonte: Edições Arquitetura, 1967. 2v.

FARIA, Patrícia Souza de. Mestre Athayde (1762-1830). Projeto Rede da Memória Virtual Brasileira, Fundação Biblioteca Nacional.


FERNANDES, Luciano de Oliveira. Alegorias do Fausto: o Triunfo Eucarístico e a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto. Ouro Preto: Editora da Universidade Federal de Ouro Preto, 2009.

GRAMMONT, Guiomar. Aleijadinho e o Aeroplano - O Paraíso Barroco e a Contsrução do Heroi Colonial. São Paulo:Civilização Brasileira,2008. 

JARDIM., Márcio. Aleijadinho - Catálago Geral da Obra. Belo Horizonte: RTKF, 2006.

LEITE, Pedro Queiroz. As Fontes de Mestre Ataíde: uma pesquisa sobre os possíveis modelos do artista para os painéis da sacristia da Capela da Ordem Terceira Franciscana de Mariana, MG. Comunicação à Associação Brasileira de História das Religiões. Londrina, 15 de abril de 2008.


MACHADO, Lourival Gomes. Barroco Mineiro. São Paulo:Editora Perspectiva,1969.

MARTINS, Judith. Dicionário de Artistas e Artífices dos Séculos XVIII e XIX em Minas Gerais. Rio de Janeiro: IPHAN/MEC,1974.

MELLO, Suzy de. Barroco Mineiro. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1985.


MENEZES, Ivo Porto de. Manoel da Costa Athaíde. Belo Horizonte:Edições Arquitetura nº 1, 1965.

MORESI, Claudina Dutra. Aspectos técnicos na pintura de Manoel da Costa Ataíde. In: CAMPOS, Adalgisa Arantes (org.). Manoel da Costa Ataíde - aspectos históricos, estilísticos, iconográficos e técnicos. Belo Horizonte: Editora C/Arte, 2005.

MOURÃO, Paulo. As Igrejas Setecentistas de Minas. Belo Horizonte:Editora Itatiaia Limitada,1986(Coleção Reconquista do Brasil vol.3).

OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de. A escola mineira de imaginária e suas particularidades. IN Coelho, Beatriz. Devoção e arte: imaginária religiosa em Minas Gerais. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005.


OLIVEIRA, Carla Mary S (2009). Arte Colonial e Mestiçagens no Brasil Setecentista: irmandades, artífices, anonimato e modelos europeus na artes de Minas e do norte do Estado do Brasil. Estágio Pós-Doutoral. Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Minas Gerais, agosto e dezembro de 2009.




OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de. Aleijadinho – Passos e Profetas. Belo Horizonte: Ed.Itatiaia Limitada e Ed.Universidade de São Paulo,1985.

OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de. Barroco e Rococó na arquitetura colonial mineira In: Revista do IAC/UFOP . 1 (1996):13-23.

OLIVEIRA, Myriam Andarade Ribeiro de; SANTOS FILHO,Olinto Rodrigues;SANTOS, Antônio Fernando Batista dos. O Aleijadinho e sua Oficina - Catálago das Esculturas Devocionais. São Paulo:Editora Capivara Ltda, 2002.

OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de. A Imagem religiosa no Brasil. In AGUILAR, Roberto (org). Mostra do Redescobrimento: Arte Barroca. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo / Associação Brasil 500 Anos, 2000.
 
OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira. A escola mineira de imaginária e suas particularidades. In: COELHO, Beatriz. Devoção e arte: imaginária religiosa em Minas Gerais. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005.
 
PAIVA, Adriano Toledo & Pires, Maria do Carmo. "Uma Elegante e Moderna Perspectiva": A pintura do teto da capela mor de Nossa Senhora do Rosário de Mariana. IN Cadernos de Pesquisa do CDHIS. Vol. 1, nº 41.

SOUZA, Wladimir Alves de. Guia dos Bens Tombados - Minas Gerais. Rio de Janeiro:Expressão e Cultura,1984.

TEIXEIRA, José de Monteiro. Aleijadinho - O teatro da fé. São Paulo:Editora Metalivros, 2008.

VALLADARES, Clarival do Prado. Notícia sobre a Pintura Religiosa Monumental do Brasil. In ARAÚJO, Emanoel. O Universo Mágico do Barroco Brasileiro. São Paulo: SESI, 1998.

VASCONCELOS, Sylvio de. Vida e Obra de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. São Paulo: Cia Editora Nacional,1979. (Coleção Brasiliana, 369). 

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Arte Barroca (resumo)

Barroco (c. séc. XVII-XVIII)


O Barroco é um movimento cultural bastante complexo, abrangendo várias modalidades artistas, literárias e arquitetônicas. De modo geral, o Barroco reflete um contexto histórico muito complexo no Ocidente (sendo relacionado diretamente ao Absolutismo e a Contra-Reforma), e isso pode ser traduzido em seus aspectos formais. Em comparação à produção artística anterior, o Barroco destaca-se por seu caráter dramático, artificial, ambíguo, dual e pomposo. Pode ser considerado o primeiro estilo de origem europeia a ter repercussão internacional (abrangendo principalmente as colônias portuguesas e espanholas na América e Ásia).

Pintura Barroca


A pintura barroca possui, na Europa, característica regionais um tanto distintas (destacando o Barroco Italiano, Barroco Ibérico e o Barroco Holandês). De forma geral, a pintura desse período é grandiosa, sem uma estrutura composicional rígida, tendo uma preocupação com o todo visual e o preenchimento do espaço. A dramaticidade fica por conta do contraste tonal e colorimétrico, além da escolha de temas de ação (laicos ou religiosos).

Paul Peter Rubens. Rapto das Filhas de Leucipo. 1640.

Importantes pintores barrocos:
Peter Rubens (1577-1640), Michelangelo Caravaggio (1571-1610), Esteban Murilo (1618-1682), Rembrandt (1606-1669), Johannes Vemeer (1632-1675) e Diogo de Velazquez (1599-1660).

Escultura Barroca


A escultura barroca apresenta as mesmas características que a pintura do período, acrescentando apenas a exuberância das formas e sua integração à arquitetura.

François Girardon. Apolo e as ninfas de Tetis. Mármore. 1673.

Principais escultores barrocos:
François Girardon (1628-1715), Gian Lorenzo Bernini (1598-1680), Antoine Coysevox (1640-1720) e Giuseppe Volpini (1670-1729).

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Arte Maneirista (resumo)

Maneirismo (1520-1600)


O período maneirista inicia-se na Europa no séc. XVI, possuindo características subjetivas e, portanto, difíceis de serem facilmente definidas. Grosso modo, em comparação ao Renascimento, esse estilo valoriza a originalidade, a visão pessoal do artista, a dramaticidade e o dinamismo.
El Greco. Óleo sobre tela. 285 x 173 cm. O espólio. 1577-79.

Maiores expoentes: Jacopo da Pontormo (1494-1557), Rosso Fiorentino (1494-1540), Parmigianino (1503-1540), Agnolo Bronzino (1503-1572), Jacopo Tintoretto (1518-1594), Ticiano (c. 1490-1576), Giuseppe Arcimboldo (1527-1599), Paolo Veronese (1528-1588), Nicholas Hilliard (1547-1619) e El Greco 1541-1614).

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Arte Renascentista (resumo)

Renascimento (séc. XIV-XVI)


O Renascimento europeu inicia-se em Florença a partir do séc. XIV. Em um momento de transições sociais na Europa (período feudal para o capitalismo), são resgatados valores mais apolíneos (racionais). Portanto, são suas características principais:
  • Valorização da Cultura Greco-romana.
  • Racionalismo.
  • Antropocentrismo.
 A arte renascentista pode ser dividida em três fases:

Trecento (séc. XIV)

Caracteriza-se por ser um fenômeno endêmico (restrito à Florença). Representa os primórdios da arte renascentista, carregando ainda algumas características medievais. Artistas como Ambrogio Lorenzetti (1290-1348) , Simone Martine (1284-1344) e Giotto di Bondone (1266-1337) são os principais expoentes dessa fase.

Giotto. Expulsão dos mercadores do templo. Afresco. Capela Scrovegni. c. 1305.

Quattrocento (séc. XV)

Pode ser considerado a fase mais madura do Renascimento, sendo seu auge o fim do séc. XV (Alta Renascença). Possui grande influência humanista e cientificista. Destacam-se os artistas Fra Angelico (1387-1455), Piero della Francesca (1415-1492) e Sandro Botticelli (1444-1510).

Piero della Francesca. Ressurreição. Afresco. c. 1460.

Cinquecento (séc. XVI)

Momento em que o Renascimento desloca-se de Florença para Roma, e de Roma para o resto do Ocidente. Essa fase vai até meados do século, tendo grandes mestres como representantes do estilo: Leonardo da Vinci (1452-1519), Raffaello Sanzio (1483-1520), Giovanni Bellini (1430-1516) e Michelangelo Buonarroti (1475-1564), dentre outros.

Giovanni Bellini. Altar de São Cristovão, São Jerônimo e São Luiz. 1513.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Arte Gótica (resumo)

Séc. XII-XV


A Arte Gótica inicia-se na França, sendo uma expressão relacionada ao começo da crise feudal na Europa. Representa uma grande transformação, principalmente, da arquitetura religiosa.

Arquitetura Gótica


A arquitetura gótica tem como características principais a verticalidade da edificação, o uso de arcos quebrados (ogivais), abóbadas cruzadas (em nervuras), arcobotantes,  rosáceas e vitrais.

Catedral de Notre-Dame de Ruão. 1145-séc. XIX. França.

Escultura Gótica


A escultura gótica está em função da arquitetura, estando presente em vários locais da construção. Possui  um naturalismo calculado, alongado e esguio.

Anunciação e Visitação. Catedral de Reims.


Pintura Gótica


A Pintura Gótica possui um caráter simbólico e devocional, onde prevalece a leveza. A figuração expressa muito mais emoção que no período artístico anterior (românico).

Madona com Anjos. Cimabue. Florença. séc. XII.