segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

História do Grafite III

Décadas de 1980-90 


Antônio de Araújo


Durante a década de 1980, com o movimento grafite em pleno andamento, o governo começou uma política de repressão a essa manifestação de arte urbana. O grafite foi relacionado ao uso de drogas, o que culminou em sua ilegalidade. As autoridades de trânsito de Nova York começaram a limpar as pinturas de seus vagões completamente, diminuindo consideravelmente a visibilidade dessas obras pelo público. 
Por outro lado, em 1979, o rapper Fab Five Freddy e o artista grafiteiro Lee Quinones tiveram seus trabalhos expostos em uma galeria de arte em Roma. Esta foi a primeira exposição de uma corrente de arte urbana na Europa, aceita como um novo estilo. Nesse período iria ganhar notoriedade a obra de Jean-Michel Basquiat, que representaria a introdução da estética do grafite no cenário da arte erudita contemporânea.

Lee Quinones. New York. 1979.

Através do final dos anos 1980 e início dos anos 90, o movimento grafite se espalhou muito rapidamente, tanto a nível nacional como mundial. Em Los Angeles, muralistas estadunidenses de ascendência mexicana incorporaram a estética do grafite em suas obras, produzindo a arte de rua mais intensa no país. Gangues de rua em Chicago, Dallas e muitas outras cidades dos Estados Unidos usaram o grafite para marcar seus territórios e ameaçar os membros de gangues rivais. Na Europa e na Ásia, onde a cultura Hip Hop se tornou tão popular como nos EUA, os grafiteiros bombardearam os trens e paredes de quase todas as grandes cidades.


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