O desenho de observação é a prática de representar formas tridimensionais (a maioria dos objetos presentes na natureza) para um plano bidimensional (superfície plana). Alguns exemplos incluem esboçar natureza-morta, paisagens, retratos etc, vistos de forma direta na natureza e executados sobre papel, tela etc. A imagem, assim, não é tomada de uma fotografia ou a imaginação do artista, mas a partir da observação do mundo real. No intuito de ser exercício, o resultado final busca a maior precisão possível. Normalmente, o desenho de observação é realizado a lápis, carvão ou outros meios de desenho, mas pode ser realizado também através da pintura.
Albretch Dürer. Lebre. Aquarela sobre papel. 1502.
O desenho de observação é essencialmente um exercício do olhar, porque para conseguirmos um bom resultado é necessário uma disciplina de observação bastante cuidadosa.
Na realidade, para o contexto artístico contemporâneo, a habilidade de execução de um perfeito desenho de observação é algo não necessário à inserção na arte visual erudita. As obras que busca uma representação "fiel" da realidade não fazem muito sentido, e até sofrem descrédito, quando não possuem sentido além do virtuosismo técnico (não contêm, conjuntamente, uma boa dose de inovação, apresentam um tema relevante e/ou fomentam a reflexão estética).
Apesar, de não ter tanta importância como técnica expressiva, a prática do desenho de observação é essencial como atividade de estudo e reflexão da imagem. Além da perícia na transposição dos planos (os resultados irão melhorar realmente a partir da prática) o desenho de observação serve como excelente meio de se estudar composição, contraste, harmonia e outros tópicos relacionados às artes visuais.
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