quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Rodrigo Mogiz

Ao Avesso


Rodrigo Mogiz é formado pela Escola de Belas Artes da UFMG, em pintura e desenho. Sua obra transita entre essas duas modalidades artísticas, através da interação entre os bordados de figuras humanas sobre entretelas translúcidas, as camadas sobrepostas das mesmas e o jogo de cores utilizado. Rodrigo também estabelece relações com o universo literário (a escrita e a forma poética), pois afirma gostar de histórias, e tenta com seu trabalho contar algumas destas por meio de suas imagens. A sobreposição dos bordados, alternados em camadas, procuram criar uma narrativa, sendo isso primordial no que ele se propõe. Já para a construção das imagens, ele se apropria da mídia (revistas, tv, internet, cinema, moda...) presentes no universo contemporâneo, estabelecendo, assim, outras relações entre essas figuras, e propondo questionamentos em torno da beleza, do corpo, da dor, da sexualidade e relações afetivas. Como se não bastasse, Rodrigo ainda acrescenta elementos míticos em sua obra, retirados de ícones religiosos, contos de fadas, histórias em quadrinhos e outras mitologias.


Rodrigo Mogiz. Entre tuas Feridas. Técnica mista sobre materiais diversos. S.d.

Nesse momento, seu trabalho pode ser visto no evento AO AVESSO. Este projeto de “exposição” reúne artistas visuais que utilizam o bordado como pressuposto estético para o desenvolvimento de seus trabalhos plásticos. Os gestos ancestrais, aliados a técnicas e modalidades já tradicionais como desenho, pintura, escultura e gravura vêm dar forma a um universo poético fértil e instigante. As idiossincrasias ficam evidentes aqui, pois enquanto alguns artistas lidam direta e materialmente com a técnica, outros, de forma mais subjetiva, optam por nos revelar as possibilidades conceituais e linguageiras de seus objetos.

Ao Avesso
Espaço Maristella Tristão – Palácio das Artes
Av. Afonso Pena, 1537 Centro – Belo Horizonte/MG
De 12 de Janeiro a 3 de Fevereiro
De terça a sábado– 9:30 às 21 horas.
Domingo – 16 às 21 horas
Entrada Franca.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Julie Mehretu

Antônio de Araújo



Mehretu nasceu na Etiópia, em 1970, sendo conhecida por suas grandes pinturas e desenhos, onde desenvolve formas mistas e combinatórias, consolidando uma linguagem muito própria. Suas obras são construídas através de camadas de tinta acrílica sobre tela, sobrepostas por incisões a lápis, caneta, e camadas grossas de tinta, formando composições altamente complexas.
Suas telas têm como estrutura básica diferentes elementos arquitetônicos, como colunas, fachadas e pórticos, aliados a esquemas geográficos, tais como gráficos, construção de planos e mapas de cidades. Os motivos  mostram locais de relevância social, como prefeituras, museus, estádios, aeroportos internacionais e outros centros de reunião pública, vistos a partir de perspectivas diferentes. A gramática visual destes quadros, organizados com excepcional complexidade, quase não permite e sua apreensão.

Julie Mehretu. Bayreuth. Nanquim e acrílica sobre linóleo. 2010.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Arte Figurativa e Arte Abstrata

Figurativismo e Abstracionismo - definições básicas

Antonio de Araujo



Figurativismo

Arte figurativa, ou figurativismo é um termo que abrange as manifestações artísticas, especialmente as artes plásticas,  que representam com realismo figuras e realidades concretas e reconhecíveis. Portanto, são manifestações representacionais. 
Os elementos formais como linha, cor, contraste, textura, perspectiva etc., são utilizados para criar a ilusão da forma e do espaço e/ou para dar ênfase na narrativa retratada.

A Arte Figurativa pode ser realista ou estilizada:


Arte figurativa realista:

São as expressões artísticas que mais se utilizam dos recursos formais para dar a ilusão de realidade. Estão relacionadas à observação ou a cópia de elementos concretos.

Lu Cong. A Song at Dusk. Óleo sobre painel. 2011.

Arte figurativa estilizada:

São reconhecíveis figuras concretas na obra de arte, mesmo que, algumas vezes, expressas através de símbolos ou convenções estéticas.

Pablo Picasso. Cabeça de Mulher. Óleo sobre tela. 1939.


Abstracionismo




A expressão arte abstrata aplica-se a obras inteiramente carentes de figuração (espaço real, objetos, paisagens, figuras de seres animados e inclusive formas geométricas se representadas como objetos reais (com iluminação e perspectiva)). Trata-se de uma arte que repele a cópia ou a imitação de todo modelo exterior à consciência do artista. Partindo desse conceito, não pode haver, numa obra abstrata, referência  a algo material existente na natureza, que gramaticalmente são substantivos concretos. 

O abstracionismo pode ser lírico ou geométrico:

Arte abstrata lírica:



São expressões abstratas construídas através de um fazer artístico intuitivo. Assim, seu resultado final relaciona-se ao sentimento e as sensações.


Vassily Kandinsky. Improvisação nº 30. Óleo sobre tela. 1913.


Arte abstrata geométrica:


Relaciona-se basicamente às formas geométricas, sendo obras possuidoras de uma rigidez e racionalismo que se aproximam do pensamento clássico.



Barnett Newman. Who's aAfraid of Red, Yellow and Blue II. Óleo sobre tela. 1967.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Autorretrato - Antônio de Araújo

Antônio de Araújo



Um autorretrato é a representação que o artista faz de si mesmo, podendo ser realizada em qualquer técnica (desenho, pintura, fotografia, escultura etc). É um subgênero do gênero Retrato, nas Artes Visuais.
Embora os autorretratos tenham sido produzidos por artistas desde a antiguidade clássica (há registros de autorretratos do escultor grego Fídias e do egípcio Ni-ankh-Phtah inseridos entre as figuras humanas representadas (esculpidas) em monumentos), em meados do século XV, na Renascença, os artistas retrataram-se mais frequentemente como o tema central da obra, ou como personagens importantes em seu trabalho. Com a fabricação de espelhos melhores e mais baratos, o advento da pintura a óleo, o aumento da riqueza e interesse do indivíduo como sujeito, o autorretrato se tornou realmente popular. "Retrato de um homem com turbante", de Jan van Eyck, é considerada a mais antiga obra em que o tema único é o autorretrato.

Jan van Eyck. Homem com turbante (autorretrato). Óleo sobre painel. 1433.


A partir do século XX, dificilmente encontra-se artistas, renomados ou não, que não tenham produzido autorretratos. Destacam-se como prolíficos pintores de autorretratos: Vincent van Gogh, Egon Schiele, Max Beckmann, Edvard Munch, Frida Kahlo, Pablo Picasso, entre outros.
Entretanto, estudos exclusivamente versando sobre autorretratos só têm início no século XX: década de 1920, especificamente. Trabalhos mais rigorosos e aprofundados só aparecerão na década de 1950, mas, neste período, as peculiaridades do fazer artístico e o pensamento sobre ele esfacelam as noções do que seria um auto-retrato e o seu enquadramento como gênero artístico advindas dos séculos anteriores. 

Antônio de Araújo. Autorretrato. Técnica mista sobre papel. 2011.




quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Ficha técnica de obras de arte I

Ficha Técnica de Obras de Arte Impressas



Antônio de Araújo




A ficha técnica para obra de arte é usada para identificar informações que não são facilmente identificáveis na reprodução impressa.  É usada tanto para obras bidimensionais (desenhos, pinturas, gravuras etc), quanto para tridimensionais (esculturas, objetos instalações etc). São indispensáveis, por exemplo, como informação em portfólios, catálogos, dentre outras publicações.


Uma ficha é composta basicamente das seguintes informações, convencionalmente nessa ordem: 


Nome: Nome artístico do autor da obra.

Título: O título da obra e, se for o caso, da série a qual pertence. A obra não obrigatoriamente deve ter um título.

Técnica/material: Técnica empregada para a feitura da obra e/ou os materiais e suportes utilizados.

Dimensões: Obras bidimensionais: altura x largura (sempre a altura vem primeiro). No caso de dípticos, trípticos e polípticos as dimensões são dadas pelas partes; 
Obras tridimensionais: altura x largura x profundidade.

Data: Ano em que foi concluída a obra.

Exemplo:
para a seguinte obra,



a ficha técnica para sua reprodução impressa seria:



Usa-se, normalmente, determinadas abreviações na ficha:

s/t = sem título
t/m = técnica mista
s/d = sem data

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

M. C. Escher (Tessellations)


Maurits Cornelis Escher (1898-1972) é um dos mais famosos artistas gráficos internacionais. Seus trabalhos alcançaram grande popularidade, sendo facilmente reconhecidos por explorarem as chamadas estruturas impossíveis, como: Ascendente e Descendente, Relatividade, desdobrando-se em  transformações; Metamorfoses I, II e III, Céu & Água I ou répteis.

M. C. Escher. Autorretrato. Detalhe. 1943

Tessellations

Como subdivisão das séries de Metamorfoses, temos as Tessellations  (Pavimentações). Nenhum outro tema é tão popular na obra de Escher como a divisão dos "desenhos fragmentados", que estão relacionados com o conceito matemático.
Escher tinha uma predisposição para a pesquisa e aplicação dos princípios do mosaico, como pode ser observado em alguns de seus trabalhos anteriores. A produção mais complexa e totalmente desenvolvida, a partir deste período, é a xilogravura "Cabeças Oito" (1922). Oito cabeças diferentes são mostradas (quatro delas de cabeça para baixo). Os homens têm um ar teatral, falso, irreal, "fin du siècle".

M. C. Escher. Oito cabeças. 1922

Em 1926, Escher, por ocasião de uma visita breve a Alhambra, ficou impressionado com os afrescos mouros. Ele fez vários estudos a partir do que viu, mas não ficou totalmente satisfeito com seus resultados. Assim, passou 10 anos desinteressado dessa pesquisa.
Em 1936, acompanhado de sua esposa, fez outra visita a Alhambra. Pela segunda vez, ele percebeu melhor as enormes possibilidades que se encontram na divisão de uma superfície plana. Escher fez inúmeras cópias, juntamente com sua esposa, dos mosaicos mouros, e em seu retorno para casa aprofundou os estudou, lendo livros sobre ornamentação e tratados matemáticos. Ele construiu seu próprio sistema, escrevendo sobre isso em 1941 e 1942.

M. C. Escher. Pegasus. s.d.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Desenho de Observação


O desenho de observação é a prática de representar formas tridimensionais (a maioria dos objetos presentes na natureza) para um plano bidimensional (superfície plana). Alguns exemplos incluem esboçar natureza-morta, paisagens, retratos etc, vistos de forma direta na natureza e executados sobre papel, tela etc. A imagem, assim,  não é tomada de uma fotografia ou a imaginação do artista, mas a partir da observação do mundo real. No intuito de ser exercício, o resultado final busca a maior precisão possível. Normalmente, o desenho de observação é realizado a lápis, carvão ou outros meios de desenho, mas pode ser realizado também através  da pintura.

Albretch Dürer. Lebre. Aquarela sobre papel. 1502.

O desenho de observação é essencialmente um exercício do olhar, porque para conseguirmos um bom resultado é necessário uma disciplina de observação bastante cuidadosa. 

Na realidade, para o contexto artístico contemporâneo, a habilidade de execução de um perfeito desenho de observação é algo não necessário à inserção na arte visual erudita. As obras que busca uma representação "fiel" da realidade não fazem muito sentido, e até sofrem descrédito, quando não possuem sentido além do virtuosismo técnico (não contêm, conjuntamente, uma boa dose de inovação, apresentam um tema relevante e/ou fomentam a reflexão estética). 

Apesar, de não ter tanta importância como técnica expressiva, a prática do desenho de observação é essencial como atividade de estudo e reflexão da imagem. Além da perícia na transposição dos planos (os resultados irão melhorar realmente a partir da prática) o desenho de observação serve como excelente meio de se estudar composição, contraste, harmonia e outros tópicos relacionados às artes visuais.




terça-feira, 15 de janeiro de 2013

William Kentridge




William kentridge. Desenho de estereoscópio. Carvão, pastel e lápis colorido sobre papel. 120 x 160 cm. 1998-1999.


Kentridge nasceu em 1955, em Johannesburgo. Estudou ciências políticas e estudos africanos na Universidade de Johannesburgo antes de entrar na Johannesburg Art Foundation e se voltar para as artes visuais. Durante esse período, dedicou-se intensamente ao teatro, concebendo e atuando em diversas montagens. Seu interesse pelo teatro e pela ópera perpassa toda sua trajetória e indica o caráter dramático e narrativo de sua produção artística, assim como o seu interesse em sintetizar o desenho, a escultura e o filme em uma única linguagem. Após ter influenciado artistas na África do Sul por mais de dez anos, Kentridge ganhou reconhecimento internacional em meados dos anos 1990. Desde então, seu trabalho tem sido incluído em exposições e performances em museus, galerias e teatros em todo o mundo, como a mostra Documenta, em Kassel, na Alemanha (1997, 2003, 2012), a Bienal de Veneza (1993, 1999, 2005), exposições individuais no MoMA, de Nova York (1998, 2010), no Museu Albertina, em Viena (2010), no Jeu de Paume, em Paris (2011), no Louvre, em Paris (2010), no Metropolitan Museum of Art, em Nova York (2005), e performances no Metropolitan Opera, em Nova York (2010), e no La Scala, em Milão (2011).

William Kentridge: fortuna 
Exposição: de 24 de outubro de 2012 a 17 de fevereiro de 2013 
De terça a domingo, das 11h às 20h 
Entrada franca - Classificação livre 

Instituto Moreira Salles – Rio de Janeiro 
Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea 
Tel.: (21) 3284-7400/ (21) 3206-2500

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Verde Veronese

Paolo Veronese e o Verde Veronese


Antônio de Araújo



Paolo Veronese (1528 -1588) foi um dos principais pintores italianos do Renascimento. Ele adotou o nome de Paolo Cagliari ou Paolo Caliari, tornando-se conhecido como "Veronese" por sua terra natal, Verona.
Veronese, é conhecido como um dos três grandes pintores venezianos (junto a Ticiano e Tintoretto) do final da Renascença, séc. XVI. Veronese é conhecido como um colorista supremo, e muito admirado por suas decorações ilusionistas. Suas obras mais famosas são ciclos narrativos elaborados, executados em um estilo maneirista dramático e colorido, cheio de majestosas configurações arquitetônicas. Suas pinturas de grandes festas bíblicas, executadas para os refeitórios de mosteiros em Veneza e Verona, são especialmente notáveis​​.


Paolo Veronese. As bodas de Canaã. Óleo sobre tela. 1562.

O verde veronese é uma cor que foi largamente usada pelo pintor Paolo Veronese, popularizando-se com o nome do pintor. É uma cor muito profunda, variando de verde esmeralda, verde malaquita e verde jade. Em Inglês, a cor é chamada viridian, nome derivado do latim viridis, que significa verde.
Essa cor é uma associação de um pigmento azul-verde (óxido hidratado de crómio trivalente), de saturação média e relativamente escura, com componentes mais verdes do que o azulados.


 



A História do Desenho (parte III)


O Barroco se estende até o século XVIII. Este estilo usa, exageradamente, todos os recursos aportados pelo Renascimento para expressar uma ampla gama de atitudes, da calamidade da pobreza até o esplendor da riqueza. Retidão e racionalidade são quebradas nas representações pictóricas, buscando ao máximo os efeitos que simulam o movimento, como estratégia para atrair o espectador.
A partir do século XIX, a uniformidade contínua, que tinha seguido a história do desenho é quebrado. É um período rico em multiplicidade de estilos: romantismo, realismo, impressionismo, expressionismo, fauvismo, cubismo, futurismo, surrealismo ... No entanto, todos esses estilos fizeram uso das técnicas até então desenvolvidas para o desenho, como ferramentas para expressar novas abordagens da sociedade contemporânea.


Traduzido e adaptado de: http://www.dibujosparapintar.com/english/drawing_course_history2.html


Joseph Beuys. Cisnes. Aquarela e verniz sobre papel. 1953.

A História do Desenho (parte II)

Os romanos, 500 anos depois, contribuíram para a ampliação do conceito gráfico. Uma grande disciplina foi instituída para manter um império tão extenso, disposto a dominar culturas diversas sob a mesma autoridade. Assim, os romanos obtiveram através do desenho os meios para planejar construções de caráter mais seguro e utilitário. Nesse período, surgiram os primeiros mapas. O desenho técnico exigiu uma maior perícia e conhecimento matemático, muito além do que havia sido forjado até aquele momento.
Durante a Idade Média as representações sequenciais prevaleceram. Peculiaridades e enfeites são dispostos sem dar qualquer oportunidade de preponderância da cor. A linha fica a cargo de destacar o detalhe. A invasão árabe introduz um suporte revolucionário para desenho e pintura: o papel. Essa invenção chinesa facilitará a ilustração, deixando de ser essa uma atividade exclusiva dos monges, que até então utilizavam pergaminhos de pele de carneiro como suporte para o desenho. A partir desse momento é intensificado o brilho da cor. Também é necessário destacar a introdução do uso geral da caneta e da tinta metálica como as conhecemos na atualidade.
Da Itália, a partir da segunda metade do século XV, sobrepondo o período gótico o Renascimento se desvincula do caráter estritamente religioso. Agora o importante é reconhecer a beleza e saber como expressá-la. Baseando-se na civilização greco-romana artística (revive o passado), a representação natural e concisa é  novamente imposta. O nu feminino começa a apropriar-se dos principais temas nas criações, e há uma volta para o estudo da figura humana. O desenho ultrapassa as experimentações volumétricas explorando as novas técnicas de coloração. O jogo de luzes e sombras, juntamente com a perspectiva, torna a realidade mais perto de desenho. Uma manifestação de artistas demonstra este novo desenvolvimento: El Greco, Miguel Angel, Sandro Boticelli, Leonardo da Vinci, entre outros.


Sandro Botticelli. Detalhe com autorretrato. Cerca de 1575.

A História do Desenho (parte I)

O ser humano sempre sentiu necessidade de representar tudo o que o rodeia, encontrando no desenho os meios mais práticos para realizar este desejo. Os primeiros desenhos remontam ao Paleolítico Superior, 33.000 a. C, quando o Homo sapiens representa, nas paredes das cavernas, os animais que caçava. Um exemplo dessa manifestação artística pode ser encontrada nas pinturas rupestres das cavernas de Altamira, na Cantábria (Espanha).
Mais tarde, os egípcios souberam como explorar essa arte para decorar suas construções mais imponentes. Até então, o desenho tinha evoluído substancialmente. A partir da composição de cor única e estática da pré-história, um passo novo tinha sido feito para o equilíbrio, rigor e coloração das representações teológicas em templos e santuários. Havia uma necessidade de detalhar as figuras dos deuses para agradecer-lhes o esplendor do Império Egípcio.
Avançando para o século VI a.C, encontraremos nos gregos os representantes máximos do equilíbrio em desenho. Preocupados com a representação humana realista, os artistas gregos  despojaram a imagem de qualquer ostentação ou conotação sobrenatural, conseguindo alcançar o que foi considerado o equilíbrio harmônico.

Fragmento de pintura mural da tumba de Nebamun. Cerca de 1.400 a.C.