quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Artistas Mineiros do Período Colonial I

José Soares de Araújo (1723-1799)



José Soares de Araújo. Detalhe da pintura do forro da Capela de N. S. do Carmo, Diamantina (c.1765).


Nascido em Braga (Portugal), o guarda mor José Soares de Araújo chega ao Arraial do Tejuco em 1765. A pintura desse artista possui características barrocas, onde notamos um jogo perspectivo de grande qualidade, seguindo a escola do italiano Andrea Pozzo (1642-1709). Além do domínio técnico para concepção de ilusão pictórica, são próprios de seu estilo o equilíbrio no uso da cor e a sobriedade dramática na representação de personagens.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Galerias e Museus de Arte em Belo Horizonte

Espaços Expositivos Institucionais (não comercias) de Artes Visuais em Belo Horizonte 


Galeria Alberto da Veiga Guignard, Galeria Genesco Murta, Galeria Arlinda Corrêa Lima e Espaço Maristella Tristão (Palácio das Artes)


Galeria Alberto da Veiga Guignard. Exposição "A Iminencia das Poéticas" (Seleção de obras da 30ª Bienal de São Paulo. 2013.


Endereço: Avenida Afonso Pena, 1.537 - Centro

Horário de funcionamento: De terça a sábado, de 9:30 às 21 horas e domingo, de 16 às 21 horas.

Telefone: (31) 3236 7400


Centro de Arte Contemporânea e Fotografia


Vista parcial da fachada do Centro de Arte Contemporânea e Fotografia.


Endereço: Avenida Afonso Pena, 737 - Centro

Horário de funcionamento: De terça a domingo, de 12 às 19 horas e quinta, de 12 às 21 horas.

Telefone: (31) 3236 7400


Galeria de Arte do Centro Cultural da UFMG, Sala Celso Renato e Sala Ana Horta



Vista parcial da Sala Celso Renato. Exposição "Termo". 2013.


Endereço: Avenida Santos Dumont, 174 - Centro

Horário de funcionamento: De seguna a sexta, de 10 às 21 horas e sábado e domingo, de 10 às 18 horas.

Telefone: (31) 3409 8290




Museu de Arte da Pampulha (MAP)




Detalhe da entrada. "Nu", escultura de Augusto Zamoyski.


Endereço: Av. Otacílio Negrão de Lima, 16.585 - Pampulha

Horário de funcionamento: De terça a domingos, das 9 às 18 horas.

Telefone: (31) 3277 7946



Galeria de Arte do BDMG Cultural


Vista da galeria de Arte do BDMG. Exposição "Antropologia local para formar uma Topografia Sagrada". 2013.



Endereço: Rua Bernardo Guimarães, 1.600 - Louders

Horário de funcionamento: Todos os dias, das 10 às 18 horas.

Telefone: (31) 3219 8382



Galeria de Arte da COPASA


Vista parcial da Galeria de Arte da COPASA. Exposição "Arquitetura em Declínio", de Andre Hauck. 2011.


Endereço: Rua Mar de Espanha, 525 - Santo Antônio

Horário de funcionamento: Todos os dias, das 8 às 18 horas.

Telefone: (31) 3250 1627, 3250 1676



Casa Fiat de Cultura


Vista parcial da Galeria. Exposição "Roma- A Vida e os Imperadores". 2011.


 Endereço: R. Jornalista Djalma de Andrade, 1.250 - Belvedere

Horário de funcionamento:

Telefone: (31) 3289 8900



Galeria de Arte CEMIG


Vista parcial da Galeria de Arte CEMIG. Exposição "Kitnet", de Alan Fontes. 2010.


Endereço: Avenida Barbacena, 1.200 - Santo Agostinho

Horário de funcionamento: Todos os dias, das 8 às 19 horas.

Telefone: (31) 3299 4082



Galeria de Arte Sesiminas


Vista parcial da Galeria de Arte Sesiminas.


Endereço: Rua Padre Marinho, 60 - Santa Efigênia

Horário de funcionamento: De terça a domingo, de 9 às 18 horas.

Telefone: (31) 3241 7186



Museu Inimá de Paula


Vista parcial do Museu Inimá de Paula. Exposição "Vik". 2009.


Endereço: Rua da Bahia, 1.201 - Centro

Horário de funcionamento: Terça, quarta e sexta, de 10 às 19 horas, quinta, de 12 às 21 horas e domingo de 12 às 19 horas.

Telefone: (31) 3213 4320
  


Museu Mineiro


Vista da Galeria de Exposições Temporárias do Museu Mineiro. Exposição "Metaflor-Metaflora", de Solange Pessoa. 2013. 


Endereço: Avenida João Pinheiro, 342 - Centro

Horário de funcionamento: Terça, quarta e sexta, de 10 às 19 horas, quinta, de 12 às 21 horas e domingo de 12 às 19 horas.

Telefone: (31) 3269 1103




Galeria de Arte GTO do Sesc Paladium



Detalhe da Exposição de dona Isabel na galeria GTO. 2013.


Endereço: Rua Rio de Janeiro, 1.046 - Centro

Horário de funcionamento: Todos os dias, de 9 às 21 horas.

Telefone: (31) 3279 1500




Galeria Oi Futuro



Vista da Galeria 1. Exposição "O Grivo". 2013.


Endereço: Avenida Afonso Pena, 4.001- Mangabeiras

Horário de funcionamento: De terça a sábado, de 11 às 21 horas, e domingo de 11 às 19 horas.

Telefone: (31) 3229 3131

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Conceito e Forma na Obra de Arte- definições básicas

Antônio de Araújo


As obras de arte são compostas por elementos formais e conceituais. Esses elementos podem ser analisados de modo distinto, mas são sempre interligados. O conceito e a forma são trabalhados pelo artista objetivando alcançar o potencial máximo de qualidade expressiva numa obra.


Antônio de Araújo. Autorretrato duplo (detalhe). Mista s/ papel. 2011.


Elementos Conceituais


Os elemento conceituais da obra são apreendidos através da intelectualidade e sensibilidade do observador. Esses elementos constituem o conceito da obra. De forma bastante simplificada, os elementos conceituais podem ser entendidos como sendo as expressões ideológicas presentes no trabalho. São as mensagens transmitidas pelo artista, de modo "indireto". Esses elementos são subjetivos, e percebidos através das experiências afetivas, históricas, sociais etc, do observador.

Elementos Formais


São os elementos perceptíveis e interpretados diretamente através dos sentidos. Assim, os elementos formais são ligados à materialidade da obra, formando sua existência concreta. Nas artes plásticas, por exemplo, são os elementos visíveis ou táteis (linha, cor, textura, volume etc).

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

David Hockney

Pinturas de retratos



David Hockney, a partir de sua importante contribuição para o movimento pop art dos anos 1960, é considerado um dos artistas britânicos mais influentes do século XX.
Hockney, apesar de sua inserção em várias linguagens das artes visuais, é mais conhecido por suas pinturas de  retratos, executadas em diferentes períodos de sua carreira. A partir de 1968, e nos os próximos anos, ele retratou amigos, amantes e parentes em pinturas de grandes dimensões, numa composição que agrega a figuração, algumas vezes, combinadas com motivos abstratos. A presença de Hockney é  implícita nessas obras, pois as linhas de perspectiva convergem num  foco que sugere o ponto de vista do artista. Hockney trabalhou repetidamente com os mesmos modelos. Há várias obras onde são retratados seus pais, o artista Mo McDermott (Mo McDermott, 1976), os designers de moda Célia Birtwell e Ossie Clark (Sr. e Sra. Clark e Percy, 1970-1971), o curador Henry Geldzahler, o negociante de arte Nicholas Wilder, entre outros.

David Hockney. Retrato de Henry Geldzahler. Óleo sobre tela. 1988.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

História do Grafite IV

Precursores da atualidade: Cornbread e Basquiat


Antônio de Araújo


Cornbread


Darryl McCray, conhecido como "Cornbread", é considerado o precursor do grafite moderno. Na verdade, esse artista, já na década de 1970, propõe à prática do grafite uma forte dose de exposição através de atos bastante ousados. Cornbread, além de escrever seu nome em carros de polícia e camburões, ficou famoso por desenhar clandestinamente no jato particular dos Jackson 5 e num elefante na zoológico da Filadélfia. Com essas obras Cornbread adiciona ao grafiti duas características primordiais da arte contemporânea: ampla divulgação e aspecto contestatório.

Cornbread. Filadélfia. 1967.

Basquiat


Jean-Michel Basquiat popularizou-se primeiro como grafiteiro em Nova York, no final dos anos 70, para depois ganhar notoriedade como um dos mais importantes pintores do neo-expressionismo. As pinturas possuem influência de vários outros artistas e incorporaram fortemente a estética da arte de rua. Basquiat têm sua carreira aliada a nomes como Madonna e Andy Warhol (o que o projeta no mundo da arte), promovendo sua obra e a estética do grafite como manifestação pop. A partir desse artista o grafite definitivamente consolida-se na história da arte como influência relevante na arte erudita, inserindo-se no seu mercado.

Jean-Michel Basquiat. Baby Boom. Acrílica e lápis s/ tela. 1982.

História do Grafite III

Décadas de 1980-90 


Antônio de Araújo


Durante a década de 1980, com o movimento grafite em pleno andamento, o governo começou uma política de repressão a essa manifestação de arte urbana. O grafite foi relacionado ao uso de drogas, o que culminou em sua ilegalidade. As autoridades de trânsito de Nova York começaram a limpar as pinturas de seus vagões completamente, diminuindo consideravelmente a visibilidade dessas obras pelo público. 
Por outro lado, em 1979, o rapper Fab Five Freddy e o artista grafiteiro Lee Quinones tiveram seus trabalhos expostos em uma galeria de arte em Roma. Esta foi a primeira exposição de uma corrente de arte urbana na Europa, aceita como um novo estilo. Nesse período iria ganhar notoriedade a obra de Jean-Michel Basquiat, que representaria a introdução da estética do grafite no cenário da arte erudita contemporânea.

Lee Quinones. New York. 1979.

Através do final dos anos 1980 e início dos anos 90, o movimento grafite se espalhou muito rapidamente, tanto a nível nacional como mundial. Em Los Angeles, muralistas estadunidenses de ascendência mexicana incorporaram a estética do grafite em suas obras, produzindo a arte de rua mais intensa no país. Gangues de rua em Chicago, Dallas e muitas outras cidades dos Estados Unidos usaram o grafite para marcar seus territórios e ameaçar os membros de gangues rivais. Na Europa e na Ásia, onde a cultura Hip Hop se tornou tão popular como nos EUA, os grafiteiros bombardearam os trens e paredes de quase todas as grandes cidades.


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domingo, 10 de fevereiro de 2013

História do Grafite II

Grafite: identidade e visibilidade


Antônio de Araújo


O Grafite, como o conhecemos, inicia-se em Nova York no final da década de 1960, sendo uma manifestação artística vinculada diretamente à cultura Hip Hop. Na verdade, o Grafite é tido como uma das quatros expressões do Hip Hop, juntamente com o Break, o Emceeing e o Djing, vinculação que se popularizou nas décadas de 1970 e 80, a partir de filmes como Wild Style (Charlie Ahearn, 1983).
Inicialmente, os executores de grafite escolhiam nomes, ou tags, que eram curtos e fáceis, e que poderiam ser escritos rapidamente. Muito dos primeiros pichadores (pintores que se utilizam da escrita para a construção da imagem) escolheram palavras que representavam a região da cidade em que viviam, como uma forma de marcar um território. Um exemplo foi Taki 183 (morador da Washington Heights, 183, em Manhattan). Taki  183 é considerado o primeiro tagger de Nova York. Taki era mensageiro, e colocou sua marca em todos os percursos que realizava, tanto nas ruas quanto no metrô.

Taki 183?. S/d. Foto deTurzynskiboy.




As tags rapidamente tornaram-se mais elaboradas, como forma de se destacar entre as outras. Quanto mais lugares apareciam as tags, mais as pessoas a viam, e mais famoso se tornava seu executor. De pequenas marcas as imagens começaram a cobrir paredes e/ou portas inteiras. Em 1972 um artista, conhecido como Super Kool 223, fica famoso por criar a primeira obra-prima do grafite. A obra era mais do que apenas uma tag, pois necessitou de um esboço e usava efeitos artísticos mais elaborados, como um preenchimento composto de sombras, esfumaçados e brilhos, tanto fora como dentro das letras. A obra era multicolorida e levou mais tempo para ser criada, no entanto, era muito mais impactante e, assim, deu ao artista muito mais visibilidade.
Ainda na década de 1970, os tagger iriam entrar em estaleiros de trem, onde a Companhia Metropolitana de Trânsito de Nova York estacionava seus metrôs, e cobririam os vagões com imagens bastante elaboradas. Como os trens estavam geralmente desprotegidos (o que tava mais tempo para a feitura das imagens), este foi o lugar ideal para o grafite poder ser aperfeiçoado, e posteriormente ser exibido para milhões de pessoas através de estações de metrô da cidade.


Super Kool 223. Cerca de 1970. New York.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

História do Grafite I

Os primórdios do grafite


Antônio de Araújo


O termo Grafite pode ser relacionado a qualquer interferência gráfica, desde simples arranhões, até escritos a caneta, ou murais pintados de grandes dimensões inserido em espaço público. Assim, o Grafite existe desde a aurora dos tempos, tendo como referência as imagens de animais, rituais e batalhas pintadas nas cavernas da Africa, Europa e América. 
O Grafite, como inscrição feita sobre paredes, pode ser encontrado nas ruínas da antiga Grécia e nos vestígios de Pompéia. Evidência de escritos aleatórios em paredes de grandes construções datam do séc. I a.C. ao séc. IV d.C. , sendo encontradas numa região que hoje são a Síria, Jordânia e Iraque. 


Inscrições sobre estuque. Pompéia. Anterior a 79 d.C.

Estes escritos antigos , tinham como tema a  religião, a política e os romances populares. Também são encontradas figuras estilizadas que podem ser identificadas como caricaturas. Os romanos escreveram inúmeras pichações sobre muros e monumentos, e estes escritos têm grande valor arqueológico para o estudo dos costumes daquele período. 
Desde os maias da Guatemala, aos vikings da Escandinávia, englobando os soldados de Napoleão no séc. XIX e os pioneiros no Oregon Trail, todos esses conquistadores deixaram marcas ao longo de suas rotas de viagens. Esse hábito tinha como objetivo preservar suas conquistas e estilos de vida para as futuras civilizações.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Arte pré-histórica - Lascaux

Gruta de Lascaux




Lascaux é a configuração de um complexo de cavernas no sudoeste da França, famosa por suas pinturas rupestres do Paleolítico. As cavernas originais estão localizados perto da aldeia de Montignac, no departamento de Dordogne. Lascaux contêm importantes amostras da arte do paleolítica superior (estimadas em 17.300 anos de idade). As pinturas consistem, principalmente, de imagens de animais de grande porte, que existiam na área naquele período. Em 1979, Lascaux foi adicionado à lista de sítios tombados como Patrimônio Mundial da UNESCO, juntamente com outros sítios pré-históricos do Vale do Vézère.

Alain Jaubert. The Prehistory of Art. 60 min. 1996 (dublado).

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Pintura Primeva


A Caverna dos Sonhos Esquecidos


Antônio de Araújo


Durante um grande período, na história da arte foram usados indiscriminadamente como sinônimos, termos que se referem a expressões distintas, mas que se relacionam a Pintura Primeva. Cita-se:

Pintura Rupestre: Refere-se a qualquer pintura realizada sobre rocha, independente do período em que foi realizada, ou do tema que representa. Desse modo, pode ser contemporânea, pois identifica apenas o suporte em que foi realizada a obra.

Pintura Pré-histórica: Abrange, das primeiras pinturas realizadas até o aparecimento dos primeiros documentos escritos. Integra, das primeiras obras realizadas até o florescimento da cultura mesopotâmica. Compreende a Arte do Paleolítico, a Arte do Mesolítico e a Arte do Neolítico.

Pintura Primitiva: Abarca todas as obras com características estéticas que se assemelham à pintura pré-histórica. De forma pejorativa, compreende as pinturas realizadas por sociedades que não foram ocidentalizadas e/ou não se utilizam de meios de registro histórico escrito.

Pintura Primeva: São as primeiras, ou mais antigas, pinturas encontradas. Nesse caso, são os marcos pictóricos do início da história da arte. Provavelmente essas pinturas iniciaram-se há cerca de 40.000 a.C, no Paleolítico 

As mais antigas pinturas conhecidas são datadas de cerca de 30.000 anos atrás, localizadas em Grotte Chauvet (França). Sobre os trabalhos encontrados, em 1994, em Grotte Chauvet, há em excelente documentário de Werner Herzog, chamado Cave of Forgotten Dreams (A Caverna dos Sonhos Esquecidos).


Werner Herzog. Cave of Forgotten Dreams. 90 min. 2010.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Pintura a Óleo

História da Pintura a Óleo

Antônio de Araújo


O desenvolvimento e utilização da tinta a óleo possui uma história um tanto polêmica, sendo que se admite, de forma unânime, apenas ser essa um material que se desdobra a partir da pintura a têmpera (tinta a base de água), destacando-se seu uso em meados do séc. XIV na Europa.  
No princípio, a tinta a óleo foi utilizada em combinação com têmpera. As imagens eram pintadas inicialmente com têmpera e finalizadas a óleo (era aplicada como uma fina camada de esmalte sobre a base de pintura a têmpera). Mais tarde a pintura a óleo torna-se independente devido a maior margem para ser explorada, em relação a têmpera. 
Durante muito tempo, Jan van Eyck foi tido como o criador da pintura a óleo, mas esse artista foi realmente responsável "apenas" por formular um método de secagem mais rápida da tinta.

Jan van Eyck. A Virgem com o Chanceler Rolin. Óleo sobre madeira. 1433-34.


A disseminação da pintura a óleo é atribuída principalmente a sua grande flexibilidade em se conseguir diferenciados tons (principalmente sombras bastante fechadas) e, desse modo, possibilitar a ilusão de uma representação figurativa mais realista. A pintura a óleo é mais flexível, mais expressiva e, finalmente, mais rica em cores. A técnica de pintura a óleo oferece uma maior exatidão na obtenção dos tons sutis encontrados na natureza.

Até o séc. XVIII, as tintas eram produzidas no próprio estúdio do artista, de modo bastante artesanal, dispendendo grande tempo de preparo, e com reduzidas possibilidades de armazenamento. A partir do séc. XIX, surge o material de pintura industrializado, que dá um novo rumo a produção das obras. Os artistas deixam de se preocupar com a produção artesanal de seu material, preocupando-se exclusivamente com a criação das imagens. Assim, dispondo de maior tempo, os artistas podem se concentrar mais nas experimentações formais em seu trabalho. Como não existe um modo certo, ou errado, de se utilizar a tinta a óleo, cada pintor a explora da forma a alcançar resultados que expressem melhor suas intenções.


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

International Klein Blue (IKB)

Yves Klein e o international Klein blue



Antônio de Araújo



Yves Klein (1928 - 1962) foi um artista francês considerado um dos mais importantes personagens do pós-guerra na arte. Klein é o principal artista do movimento neorrealista francês, fundado em 1960 pelo crítico de arte Pierre Restany. Yves Klein foi um pioneiro no desenvolvimento da arte da performance, além de ser visto como um precursor da arte minimal e da pop art.

Yves klein. IKB 190. 1960.


O International Klein Blue é um tom de azul ultramarino, desenvolvido em 1957 por Klein, junto a um grupo de químicos, e patenteado pelo artista como IKB em 1960. O IKB é a somatória de pigmento seco e resina sintética (acetato de polivinilo), que resulta numa cor igualmente brilhante quando seca ou molhada.
Esse tipo exclusivo de azul foi desenvolvido por Yves Klein como parte de sua busca por cores que melhor representassem os conceitos que ele pretendia transmitir. No caso do IKB, Klein o descreve como "um azul em si mesmo, isento de qualquer justificativa funcional".

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Artist Statement


Artist Statement


Antônio de Araújo




Um Artist Statement (sem expressão equivalente no meio artístico brasileiro) pode ser entendido como uma declaração do artista sobre seu trabalho, sendo parte essencial de um portfólio. Em alguns aspectos, a base do texto assemelha-se ao tradicional manifesto de arte. No entanto, o Artist Statement geralmente fala sobre um processo artístico individual, em vez de um coletivo. Esse tipo de declaração serve para mostrar que o artista é consciente das suas intenções,  indicando o nível de compreensão deste sobre seu campo de atuação e suas decisões.
Um bom Artist Statement permite que as pessoas apreciem melhor o trabalho do artista, compreendendo, de forma direta, seu processo criativo. Igualmente importante, um Artist Statement dá ao artista a oportunidade de entender o que faz através da linguagem escrita, validando suas criações a partir de uma nova perspectiva. Além disso, um artista contemporâneo se vê obrigado a apresentar um Artist Statement a fim de apresentar propostas para editais de financiamento, residências artísticas, prêmios e outras formas de apoio institucional, na justificação de sua apresentação.
A oportunidade de escrever um Artist Statement, muitas vezes evoca no artista questionamentos a cerca das ideias que este já tive sobre seu próprio trabalho. Assim, na construção do texto, pode ficar claro que o trabalho carece de bases conceituais sólidas e/ou apontam para novos temas relevantes, fomentando assim um aprofundamento maior no trabalho, fazendo avançar a pesquisa artística individual.